Lucília Bahleixo: “A Dança ajuda a curar a alma e o corpo”

A Dança é uma das mais antigas formas de expressão corporal e de comunicação não verbal, consagrada à margem de quaisquer barreiras linguísticas e culturais. Desde as ancestrais manifestações tribais até ao Ballet Clássico, passando pelo Folclore, Flamenco, Break Dance e outros estilos de ritmar o corpo com o pulsar da alma num tornado de emoções que não deixa ninguém indiferente, é uma das mais genuínas formas artísticas, capaz de transmitir a identidade do que somos na expressão do nosso sentir. 

Para Lucília Bahleixo, bailarina, coreógrafa e mentora do ‘Ai!aDança: “quando aquilo que nos vai na alma transpira pelos poros da pele, acontece uma alquimia sublime: trata-se de poesia em movimento, é a linguagem universal da alma. Chama-se Dança e vem do Céu!” Foi com esta convicção, bem vincada na sua personalidade, que a fundadora do projecto avançou com o propósito de pôr em prática “o objectivo de massificar e democratizar a Arte em geral e a Dança em particular”.

Desde o planeamento da produtora de espectáculos, que deu os primeiros passos em 1998, acabando por ser criada juridicamente dois anos mais tarde, Ai!aDança acabou por conquistar um espaço próprio no panorama artístico nacional mercê da forma dinâmica com que evoluiu e da excelência dos mais de 200 espectáculos levados ao palco desde então, em inúmeros palcos de Norte a Sul de Portugal e também além-fronteiras. Um percurso impulsionado pelo entusiasmo de sempre direccionado para as Artes do Espectáculo.

Com sede instalada no concelho de Sintra, por uma questão de amor à terra, o projecto criado por Lucília Bahleixo ganhou forma e dimensão, acabando por expandir-se por um total de sete academias: duas em Sintra, uma em Montelavar, duas em Loures, uma na Pontinha e outra em São João da Talha. No total, contam com cerca de um milhar de alunos acompanhados por cerca de 30 professores. Além das produções profissionais com as suas companhias de Dança, a oferta disponível engloba, também, outras opções à escolha.

Foto: Paulo Rodrigues

Ai!aDança conta com uma oficina de Teatro e com um Espaço Holístico, que funciona como uma extensão especial dedicada ao tratamento do corpo e da alma com recurso a outros tipos de arte baseadas em técnicas alternativas de tratamento. Consultas de Tarot Cigano, espaços de Meditação e técnicas fundamentadas na Medicina Tradicional Chinesa, como o alinhamento energético Chi Kung, a Acupuntura e a Massagem de Tui Na, completam a gama de serviços disponíveis nas academias Ai!aDança.

No que à Dança mais directamente diz respeito, as hipóteses de aprendizagem e desenvolvimento com vista a empreender um caminho de aquisição de conhecimentos e experiências que culmina na subida ao palco, as escolhas postas à disposição são bastante diversificadas. Dividem-se em: Ballet, Salsa, Capoeira, Teatro Musical, Dança Contemporânea, Hip Hop, Flamenco, Dança Oriental, Salsa Cubana, Kizomba, Contact Improvisation, Dança Inclusiva e… Aulas de Dança para Noivos. 

O jornal ‘O Correio da Linha’ esteve à conversa com Lucília Bahleixo, com quem falámos sobre o mais recente evento realizado, o Festival Corpo 2024, um Encontro Internacional de Dança que decorreu dias 27 e 28 de Abril na Quinta da Ribafria, em Sintra, com a participação de cerca de 4.000 bailarinos, em representação de escolas e instituições de vários países. Oportunidade ainda para falar da Dança nas suas várias vertentes e nos projectos dinamizados por um conjunto de academias apostadas na democratização da Dança.  

Foto: Paulo Rodrigues

“A DANÇA É UMA PAIXÃO”

Jornal ‘O Correio da Linha’ (CL) – O que representa a Dança para si?

Lucilia Bahleixo (LB) – A Dança é uma paixão, uma forma de estar na vida, uma maneira de sentir. A Dança existe desde que nós vivemos dentro da barriga da mãe. Depois nasce uma coisa chamada técnica de Dança. Quando o bebé ainda está dentro da barriga da mãe, ela comunica com o filho através do movimento. Portanto, a Dança é movimento e comunicação. 

Jornal ‘O Correio da Linha’ (CL) – O que levou à criação do Ai!aDança? Como surgiu este projecto?

LB – O Ai!aDança nasceu por uma necessidade quase visceral de ter palcos, eu sempre tive muita necessidade de estar em cima de um palco. Em 2000, foi necessário criar juridicamente uma dinâmica que já existia em colectivo. 

O Ai!aDança é uma produtora de espectáculos de Dança, inscrita no IGAC (Inspecção-Geral das Actividades Culturais), que começou de forma espontânea em 1998, quando tivemos a primeira tournée, ‘Instantes de Encantar’. Na altura, estava a tirar o Curso Superior de Dança. 

Foto: Paulo Rodrigues

CL – Qual foi o papel que desempenhou na criação do Ai!aDança?

LB – Fui a fundadora.

CL – Entretanto, o projecto foi crescendo…

LB – Sim, começou a haver muita dinâmica de espectáculo e isso levou-nos a outros patamares. 

CL – A sede foi instalada em Sintra?

LB – Entretanto, eu apaixonei-me por Sintra (Não sou de cá!) e comecei a fundar aqui uma dinâmica, a que se juntaram outros colegas. Alguns estão na estrutura quase desde o início. Foram também entrando e saindo muitas outras pessoas. Isto começou com uma dinâmica de espectáculo. O Ai!aDança é espectáculo! E depois começou também a nascer o segmento Ensino. Foi aí que nasceu a academia Ai!aDança I. 

Foto: Ai!aDança

CL – Como é que surgiu a Dança na sua vida?

LB – Foi uma coisa muito estranha. Eu venho de uma família judaico-cristã com pergaminhos, tradicional, e ninguém estava nas Artes. Vim de África ainda muito novinha e fiquei a ser criada com uma tia-avó, que é também a minha madrinha, a minha mãinha (fusão da madrinha com mãe), o pilar da minha existência. Fui criada desde um ano de idade numa aldeia, na zona mais recôndita da Beira Alta, a 30 quilómetros da Guarda, onde a minha família, os Magalhães de Sousa, nasceram. 

Eu, com dois/três anos de idade, gostava de ver o meu reflexo num espelho que havia lá em casa. Ficava em frente desse espelho e dançava durante horas a fio, perdia-me em frente daquele espelho. Foi muito estranho, foi uma coisa inata. Eu sempre tive uma cena de esvoaçar. Costumava andar descalça no quintal a dançar. Mantive sempre esse desejo, esse querer. Já adolescente, houve um professor universitário que aconselhou a minha mãe a deixar-me seguir o que eu queria, foi um anjo que tranquilizou a minha família toda ao dizer isso. 

Foto: Ai!aDança

“NÓS ABRIMOS MERCADO À CATANADA”

CL – Decorreu nos dias 27 e 28 de Abril, na Quinta da Ribafria, em Sintra, o Festival Corpo 2024. De que tipo de evento se trata?

LB – O Festival Corpo nasceu em 2012 e é um Encontro Internacional de Dança de entrada livre. Esta foi a sua 15.ª edição. A partir de 2019, começámos a fazer dois festivais por ano, um em Sintra e outro em Lisboa, para ter mais visibilidade internacional.

CL – Quantos participantes teve esta edição do Festival?

LB – Este ano, tivemos cerca de 4.000 bailarinos em palco, divididos por 160 espectáculos. Neste momento, o Festival Corpo resulta numa montra gigante. 

CL – Como tem sido pôr este Festival de pé?

LB – O Ai!aDança tem uma particularidade: nós abrimos mercada à catanada. O que ninguém faz, a gente faz. Somos muito atrevidos, temos uma forma de estar muito própria. Não vamos para onde nos querem levar. Temos o nosso próprio caminho. 

O primeiro Festival que fizemos foi uma loucura, foi aqui, no espaço da academia, montámos um palco, chateei toda a gente. Eu sou uma chata, mas eu só chateio uma ou duas vezes por ano. Começou a chover. Entretanto, havia um pavilhão aberto, onde eu tinha uma orquestra para actuar. Foi incrível. 

Mesmo durante a pandemia, nós não parámos. Começámos a emitir o Festival Corpo em ‘streaming’, online, para o Mundo inteiro. Em 2020/2021, enquanto toda a gente parou, nós fizemos 82 espectáculos, incluindo três Coliseus. Nós tivemos sempre público presencial. À custa disso, reinventámos.

CL – Com que apoios contam para realizar o Festival Corpo?

LB – Contamos com os apoios principais da Câmara Municipal de Sintra, Fundação Cultursintra e União das Freguesias de Sintra. Nós temos uma dinâmica de gestão muito especial. O Festival tem rentabilidade zero. Só conseguimos erguer este gigante porque temos apoios. Depois dos três principais, já referidos, contamos também com apoios mais pequeninos. Mas, ao invés de as verbas irem para um saco azul, aqui cada apoiante sabe o que é que paga. Fica tudo referido nos acordos estabelecidos. É outro formato. É possível criar produções e empresas holísticas honrando a transparência. Com base nesta premissa, nós começámos a criar esta coisa de ser o maior festival internacional de Dança de entrada livre do País. 

CL – Já têm números referentes ao público desta última edição?

LB – Da parte do ‘streaming’, o ano passado nós tivemos 35 mil IP’s a verem-nos. Por norma, calculamos duas pessoas por cada IP, mas pode haver mais. Com base nesta média, com a contagem que fizemos este ano, fomos vistos por cerca de 52 mil IP’s, provenientes de 19 países. Portanto, neste momento, é provavelmente o maior festival de Dança de entrada livre do País, e não estou a falar das pessoas que estiveram lá. Presencialmente, durante os dois dias do Festival, não havia lugar, não havia chão, parecia o Rock In Rio. Foi espectacular. O meu sonho é pôr este festival no ranking dos maiores festivais do Mundo de Dança.

“UMA GRANDE DOSE DE LOUCURA E FÉ”

CL – O Ai!aDança tem como objectivo principal massificar e democratizar a Arte em geral e a Dança em particular. Como tem corrido esse processo?

LB – Incrível. O Festival Corpo é uma ode disso. E os espectáculos que nós fizemos das academias, tanto no Centro Cultural Olga Cadaval, como no Coliseu, como no Centro Cultural de Belém (CCB), esgotaram. Aqui, no Olga Cadaval, enchemos três salas no mesmo dia. Fazemos coisas que só se conseguem com uma grande dose de loucura e fé. 

CL – No conjunto das suas academias, o Ai!aDança conta com quantos alunos?

LB – No conjunto das academias, circulam mais ou menos mil alunos, acompanhados por cerca de 30 professores. 

CL – Os alunos têm idades dentro de que faixas?

LB – Tecnicamente, recebemos elementos a partir dos três anos de idade, mas já tive uma criança que se estreou em cima de um palco com dois anos e seis meses. Há crianças que têm uma precocidade motora incrível. No extremo oposto, a nossa aluna mais madura tem 86 anos. É linda, elegante, magrérrima, gira, toda a gente lhe dá os parabéns no final dos espectáculos. Já dobrou quatro cancros. Está na turma de Flamenco avançado. A maneira como ela se entrega levanta o público, comove as pessoas, é incrível.

O Ai!aDança faz um trabalho intergeracional, nós não sectorizamos, em cena estão crianças e pessoas crescidas, em simultâneo. 

Foto: Ai!aDança

CL – Há cerca de dois anos, alargaram a vossa oferta também à Dança Inclusiva… 

LB – Sim, é mais uma aposta nossa. Temos uma bailarina com uma prótese. Ela não tem uma linha só para ela, está na linha da frente nas turmas mais avançadas. Agora, no Festival, a dançar com a turma dela, levantou o público. Até me arrepiei. Ou seja, não há coitadinhos. Eu tenho um coreógrafo, que faz parte já há alguns anos do Festival, que a única coisa que mexe é um pé, está numa cadeira de rodas, e é coreógrafo. Não há limites.

CL – Quantos elementos integram a equipa técnica responsável pelas produções?

LB – Na produção de espectáculos somos quatro. E depois temos a nossa equipa técnica. Agora, no Festival Corpo, estiveram 14 pessoas. Tentamos sempre que sejam as mesmas estruturas que trabalham connosco. Geramos um espírito de família. Já nos conhecemos todos. 

CL – A Dança pode ajudar a construir um Mundo melhor? De que maneira?

LB – Nós acreditamos que cada bailarino é único, a maneira como cada um trabalha a matéria é diferente do outro. O meu trabalho em estúdio é ir buscar essa unicidade e aí é onde entra o vector Arte. Enquanto lá fora, na vida, nós temos de ser rebanho, nesta casa nós vamos buscar a essência de cada um. Costumo dizer aos meus alunos que quando a gente consegue isto, o Mundo fica grato, porque isto é tal e qual uma orquestra, quando se junta tudo criamos uma peça única, transcendente. Quando o meu público chora de emoção, é para mim uma missão cumprida. A Dança ajuda a curar a alma e o corpo. 

CL – Os vossos alunos são todos direccionados para o espectáculo, para subirem ao palco?

LB – Sim. Não obrigamos ninguém, mas as pessoas quando vêm para aqui já sabem que trabalhamos de palco. No segmento de alunos, há fins-de-semana em que temos três espectáculos numa só tarde, pró bono, para servir. O fito é formar os alunos para estarem em cena. De três em três meses, damos-lhes um palco grande, que é o Centro Cultural Olga Cadaval, aqui em Sintra. 

Foto: Ai!aDança

“O CÉU É O LIMITE”

CL – Também têm espectáculos que são pagos?

LB – Claro, mas isso já são os profissionais.  

CL – Com quantos grupos profissionais de dança contam?

LB – Temos a Companhia de Dança Espanhola ‘Cuadro Flamenco’ e a Companhia de Dança Contemporânea de Sintra. Trabalhamos por projecto.

CL – Quantos espectáculos realizam em média por ano?

LB – Ultrapassa a centena.

CL – Quais os próximos projectos agendados?

LB – Vamos preparar, no dia 13 de Julho, no Olga Cadaval, um Espectáculo de Verão, com três sessões, onde juntamos as estruturas das várias academias e vários convidados. Uma semana depois, a 20 e 21 de Julho, vamos estar a fazer o Festival Corpo em Lisboa, nos jardins do Palácio Nacional da Ajuda. E estamos também, continuamente, a fazer espectáculos pequenos com as academias.

CL- Em que palcos têm actuado?

LB – Em Portugal, temos actuado em todo o lado, à excepção do Campo Pequeno, onde não vamos por questões de princípio, por ser um local onde matam bichos. Já actuámos no Centro Cultural de Belém, na MEO Arena, nos Coliseus de Lisboa e Porto e em vários outros palcos. No estrangeiro, já apresentámos espectáculos no Luxemburgo, em Marrocos e em Espanha.

CL – Como é que vê o futuro do Ai!aDança?

LB – Incrível. O céu é o limite. É continuar a usar a Dança para edificar a sociedade, usar a Dança para acrescentar, não só de quem a faz, mas também para quem a fazemos. Aquilo que eu procuro na minha malta é a excelência. E a primeira pessoa com que temos de ter excelência é connosco próprios, honrarmo-nos, ser boa gente connosco mesmo.

CL – Quais as principais dificuldades encontradas ao longo do percurso para manter e levar mais adiante este projecto?

LB – Vou citar a Dra Manuela Ramalho Eanes, que uma vez disse uma coisa que eu achei genial: o mais difícil para se mudar na sociedade é a mentalidade. O ser mulher ainda é uma carga de trabalhos. Eu acho que o mais difícil é olhar para mim, todos os dias, ao espelho. Para ultrapassar as dificuldades, eu conto com a minha fé, faço a minha oração, todas as manhãs, antes de sair de casa. É não é fé católica, é todas, onde está Deus estou eu. Eu vou a todas onde há amor. É como diz a Bíblia: “Só vais aos caminhos que levam a Deus”. Faço a minha oração diária, até para a minha vida fazer sentido. Deus permite que eu seja uma fonte de inspiração, mas a primeira pessoa que tem de estar inspirada sou eu. 

Foto: Paulo Rodrigues

“TEMOS DE FAZER A NOSSA ARTE E VENDER”

CL – A Arte é bem tratada em Portugal? Conta com o devido apoio?

LB – Eu acredito que quem faz os meus dias sou eu. Eu não acredito que venha aí um presidente ou uma estrutura que diga: “Lucília, não podes!” Eu acredito que, quando uma pessoa sabe para onde vai, o mundo todo afasta-se para a deixar passar. Temos de ter muita força para nunca nos perdermos. Temos de saber para onde vamos. E como é que sabemos? Escutando o coração. 

CL – Portanto, é contra a subsidiação da Arte?

LB – Completamente. Aqui, nesta casa, costumo dizer às minhas colegas que nós valemos tanto como um padeiro. Ele faz o pão e vende-o. Nós temos de fazer a nossa arte e vender. Agora, dizer ao Estado que só consigo fazer se me derem isto… Lamento, é uma questão de nobreza de carácter: arregaça as mangas e faz. Além disso, tudo o que é uma dependência, depois já não somos livres. Portanto, eu, na minha particularidade, não subscrevo isso, mas respeito. Eu, quando começo uma produção, seja no Olga Cadaval, no Coliseu ou no CCB, não abro a produção sem ter tudo pago.

CL – Se tivesse condições para isso, qual era o projecto que mais gostava de poder realizar?

LB – Eu gostava de criar um edifício todo em vidro, em Sintra, com vários pisos, uma coisa chamada espaço Amarte, onde gostaria de ter um teatro, galeria, café, estúdios… e que pudesse ter acesso livre. Obviamente, as aulas não, nem a formação, mas que fosse um centro artístico de pesquisa, de criação, com estacionamento. E eu vou conseguir. Não sei se é nesta vida, talvez seja, mas vou conseguir. 

CL – Porquê de vidro?

LB– De vidro porque a Arte é transparente.

CL – É este o legado que gostaria de deixar?

LB – Dá-me imenso orgulho eu já ter licenciado não sei quantas jovens que passaram por aqui. Algumas saíram dos cursos já com mercado de trabalho. Isto, para mim, é o nosso legado. É fazer a sementeira, as árvores estão a crescer, os frutos estão aí, lindos, e vão continuar a servir o bem maior de todos dentro desta vectorização. Que bênção! Eu acho que isto é um trabalho incrível. Os nossos alicerces são de aço e são de valores de nobreza de carácter. Claro que também já errei, já fiz muita asneira, mas errei a tentar acertar.

CL – Existe uma Dança tipicamente portuguesa? O que a caracteriza?

LB – Claro que existe, temos um espólio brutal da nossa dança popular. O que a caracteriza? Eu acho que é o ritmo, o quaternário, é a festa, é o saltar, mesmo quando não se gosta o corpo já está a mexer.  

CL – Onde é que um bailarino vai buscar a sua energia?

LB – Um bailarino vai buscar a sua energia a coisas muito clichés, que são o amor e a paixão. 

Autor: Luís Curado

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