Os SUB-23 do Estoril Praia revalidaram o título de Campeão Nacional de Futebol neste escalão, sagrando-se bicampeões pelo segundo ano consecutivo, um feito histórico para a equipa da Costa do Estoril, que foi homenageada no passado dia 6 de Abril pela Câmara Municipal de Cascais (CMC).
Durante a cerimónia, que decorreu em frente ao edifício dos Paços do Concelho, com a presença do Presidente do Município, Carlos Carreiras, e do executivo municipal, os Bicampeões da chamada Liga Revelação e equipa técnica responsável pelo feito foram agraciados com medalhas de mérito desportivo.
O Presidente do Estoril Praia Futebol SAD, Ignacio Borra, recebeu também das mãos do presidente da autarquia uma placa foral alusiva à conquista alcançada pelo clube, que conseguiu impor-se, pelo segundo ano consecutivo, no escalão de SUB-23, festejando a segunda vitória num troféu com apenas quatro edições realizadas.
FAIXAS DE BICAMPEÃO ENCOMENDADAS DESDE MARÇO
Esta segunda vitória na Liga Revelação começou a ser festejada há cerca de um mês, em 8 de Março, quando os jovens canarinhos assistiram à vitória do Rio Ave sobre o Portimonense, por 3-2, tornando matematicamente impossível a qualquer outra equipa chegar ao primeiro lugar da classificação, ainda com duas jornadas por cumprir.
Com as faixas de bicampeão já encomendadas, os SUB-23 do Estoril Praia golearam no último jogo, realizado dia 5 de Abril no Estádio António Coimbra da Mota, o Portimonense por 5-1, chegando ao fim da fase de apuramento de campeão com 21 pontos (7 vitórias e 3 derrotas), à frente do gigante Benfica, com menos quatro pontos.
No final deste último encontro, a equipa treinada por Vasco Botelho da Costa festejou no relvado a nova conquista alcançada, tendo recebido a Taça e as medalhas de Campeão da Liga Revelação. Um feito que se repetiu, depois da primeira vitória registada na mesma prova na época 2020-2021.
De referir que nessa mesma temporada, os SUB-23 do Estoril Praia conseguiram a ‘dobradinha’ ao conquistarem também o troféu respeitante à Taça Revelação, derrotando na final, disputada no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria, no dia 11 de Maio de 2021, o Sporting de Braga, por duas bolas a uma.
“ESTORIL PRAIA LEVA CASCAIS AO PEITO”
“Ganhar uma vez é difícil. Ganhar duas vezes e revalidar o título é ainda mais desafiante, uma vez que todos os olhos estão colocados na equipa para perceber se vai ser capaz de responder ao desafio”, comentou Francisco Kreye, vereador do Desporto da CMC, a propósito do feito alcançado pelos SUB-23 do Estoril Praia.
De acordo com o vereador do CDS-PP presente no executivo da CMC, o clube presidido por Ignacio Borra “deu uma resposta exemplar numa Liga que é de formação e profissional”, tratando-se de um emblema “que representa e leva Cascais ao peito”. Nesse sentido, refere o vereador, “foi uma grande honra para nós”.
“O SEGREDO É MUITO TRABALHO”
No final da homenagem, o treinador Vasco Botelho da Costa comentou, a propósito do êxito alcançado pela equipa que comanda: “O segredo é muito trabalho. Como eu tive oportunidade de dizer, por várias vezes, seria muito fácil nós encostarmo-nos ao sucesso do ano passado tendo em conta que conseguimos todos os nossos objectivos.”
“E quando eu falo de objectivos, não falo apenas dos títulos, falo também de termos promovido jogadores à equipa principal, termos promovido jogadores para campeonatos mais competitivos, termos valorizado activos financeiramente, que também é um dos objectivos da Estoril Praia SAD”, sublinhou o técnico, de 33 anos.
“Seria muito fácil nós, este ano, chegarmos todos os dias ao clube acreditando que somos melhores, que o trabalho já estava feito, e não foi esse o caso. Eu acho que o segredo desta segunda conquista, muito mais difícil do que a primeira, passa exactamente por uma palavra muito importante para nós, que é a resiliência”, realçou.
O treinador Vasco Botelho da Costa justificou que a chave do sucesso alcançado pela equipa de futebol SUB-23 do Estoril Praia que teve sob seu comando “está bem à vista”. “Resultou do facto de sermos inconformados, de querermos mais, de termos a ambição de chegar mais longe”, assinalou.
“Pessoalmente, é um sentimento de orgulho tremendo poder prestigiar um clube que é o meu clube, o Estoril Praia, e prestigiar também Cascais, que é a minha terra. É um orgulho tremendo poder juntar aquilo que é o útil ao agradável, como se costuma dizer”, comentou o técnico, que assumiu o comando da equipa em Janeiro de 2020.
“AINDA TEMOS A TAÇA”
Entretanto, a sede de vitória da equipa treinada por Vasco Botelho da Costa aponta a outro grande objectivo, que foi também já conquistado na época passada: a Taça Revelação. A ‘dobradinha’ assegurada em 2021 ainda está bem viva na memória de todos: futebolistas, equipa técnica, dirigentes e adeptos.
Sublinhando que o segundo título de campeão de SUB-23 foi conseguido numa “época que foi difícil, exigente, de superação”, o técnico canarinho não baixa a guarda nem a ambição. “Esta época ainda não terminou, pois ainda temos a Taça”, assinala, referindo-se a uma competição que será disputada entre oito equipas distribuídas por dois grupos.
O Estoril Praia integra o Grupo A, conjuntamente com Leixões, Marítimo e Portimonense, sendo que esta fase é jogada a uma só mão, com três jornadas disputadas dias 18 e 26 Abril e 2 Maio. No caso do Estoril, o primeiro embate será com o Leixões, o segundo com o Portimonense e o terceiro com o Marítimo.
O grupo B é composto pelas equipas do Famalicão, Benfica, Rio Ave e Sporting de Braga. Os dois primeiros classificados de cada um dos dois grupos asseguram o apuramento para as meias-finais, que serão jogadas a duas mãos (9 e 16 de Maio), enquanto a final será disputada a uma só mão, em campo neutro, num jogo a realizar dia 24 de Maio.
FPF ENSAIA EXPERIÊNCIA PIONEIRA
A edição deste ano da Taça Revelação vai servir de ensaio a uma experiência inédita promovida pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF): os jogos vão decorrer em 60 minutos cronometrados, estando previsto terem duas partes de 30 minutos, com a cronometragem a ser interrompida sempre que se verifique uma paragem.
Com esta opção, a FPF pretende aumentar o tempo efectivo de jogo útil dentro das quatro linhas. Sempre que seja marcada uma falta, ocorra um lançamento, um canto, um pontapé de baliza, uma reposição da bola em jogo, o cronómetro pára com o objectivo de impedir que seja ‘queimado tempo’ pelos jogadores.