A Câmara Municipal de Cascais (CMC) determinou a interdição da Praia da Parede à prática balnear entre os dias 9 e 11 de Julho na sequência de análises periódicas efectuadas à qualidade da água, que registaram valores microbiológicos acima dos parâmetros de referência. A decisão foi anunciada na página oficial da autarquia na Internet.
De acordo com a informação avançada pela CMC, “foi recolhida uma nova amostra para realização de contra-análise à qualidade da água balnear”, que revelaram “valores microbiológicos dentro dos parâmetros de referência”, pelo que foi decidido levantar a interdição e voltar a permitir os banhos na praia.
No comunicado difundido dia 9 de Julho, a autarquia fez saber que “não sendo para já evidente a causa da contaminação” da Praia da Parede, “a empresa Águas de Cascais encontra-se a efectuar verificações às redes e sistemas de saneamento a fim de apurar as causas possíveis dos resultados entretanto obtidos”.
A CMC revelou estar “a trabalhar em estreita articulação com as autoridades competentes nesta matéria, nomeadamente a Agência Portuguesa do Ambiente, a Capitania do Porto de Cascais e a Direção-Geral de Saúde” e prometeu partilhar e afixar toda a informação sobre o evoluir da situação. Até ao momento, não foram adiantados mais pormenores.
Este não foi o único problema ambiental registado recentemente em praias da freguesia. Em meados de Junho, ocorreu uma descarga ilegal numa das ribeiras que desagua na Praia de Carcavelos, com o caso a ser entregue à Unidade Central de Investigação Criminal da Polícia Marítima, que abriu um inquérito para apurar responsabilidades.
Mais recentemente, dia 10 de Julho, ocorreu mais uma situação anómala na Praia de Carcavelos com “uma escorrência de água com tonalidade escura e odor” proveniente da Ribeira das Marianas, de acordo com um comunicado da CMC, que informou que, neste caso, a situação foi motivada por “uma avaria técnica na estação elevatória gerida pelaÁguas do Tejo Atlântico”.
Recorde-se que a CMC, a exemplo do que tem acontecido em anos anteriores, não apresentou qualquer candidatura das praias do concelho à atribuição em 2020 do símbolo ‘Bandeira Azul’, galardão que atesta, entre outros itens, a qualidade ambiental das zonas balneares de Norte a Sul de Portugal Continental e Ilhas, por não concordar com os critérios de avaliação.