Cascais voltou a ter um polícia sinaleiro a dirigir o trânsito no centro histórico da vila. Desde o passado dia 17 de Setembro (terça-feira), o agente Marco Graça, de 43 anos, licenciado em Ciências do Desporto, assegura uma eficaz gestão do trânsito, ajuda os peões a atravessarem a rua e já faz parte do cenário de muitas ‘selfies’ tiradas pelos turistas.
Com uma experiência de 20 anos na equipa da Divisão de Trânsito de Cascais, Marco Graça admite que a adaptação às novas funções “foi fácil” devido à experiência já acumulada ao longo da sua carreira, revelando que respondeu positivamente ao convite recebido por gostar do “contacto com as pessoas e de comunicar”.
De acordo com um comunicado difundido pelo Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública (PSP), a reintrodução da figura do Polícia Sinaleiro “irá reforçar a proximidade com os cidadãos”, contribuindo para “aumentar a confiança na Polícia e reforçar o sentimento de segurança dos munícipes e dos milhares de visitantes” que passam pela vila de Cascais.
Assinala ainda o comunicado difundido pela estrutura dirigente da PSP que “o Polícia Sinaleiro de Cascais contribuirá de forma indelével para reforçar a função policial como componente dinâmica da vida social, cultural e económica no município, no qual a PSP está implantada quase desde a sua fundação”.
Antes de assumir o lugar de polícia sinaleiro no centro histórico de Cascais, o agente Marco Graça recebeu formação específica junto de três colegas que exercem as mesmas funções na zona de Belém, com os quais reviu vários aspectos relacionados com a actividade, nomeadamente a importância dos gestos com as mãos e o recurso ao apito, para que nada falhe no momento de actuar.
Na década de 1970, existiam mais de duas centenas de polícias sinaleiros em acção na Área Metropolitana de Lisboa. Em Cascais, um destes agentes actuava no cruzamento do Hipermercado Jumbo. Com o aparecimento dos semáforos e das rotundas, o número de agentes foi sendo reduzido até quase extinguir a profissão. Agora, o Comando Distrital da PSP de Lisboa quer recuperar a tradição.